Com menos de um ano de governo, a gestão de Luciano Genésio à frente da Prefeitura de Pinheiro se destaca na imprensa nacional como símbolo de corrupção no Maranhão.
Em reportagem publicada nesta terça-feira, 26, a Folha de São Paulo destrincha uma situação já denunciada pelo blog: a folha composta por supersalários de parentes do prefeito e sua esposa, Thaiza Hortegal.
“Símbolo dessa realidade, a cidade natal de José Sarney, Pinheiro, derrotou o aliado da família do ex-presidente, Filuca Mendes, e elegeu Luciano Genésio prefeito em 2016. Logo nos dois primeiros meses de sua gestão, porém, foi identificada uma situação insólita pela Controladoria-Geral da União. O pai, o irmão e o primo da mulher de Genésio receberam R$ 535 mil de salário do sistema municipal de saúde sem que o vínculo de cada um deles com as unidades tivessem sido comprovados em todos os casos…”, diz trecho da matéria.
O caso mais emblemático é o do médico Talvane Ribeiro Hortegal, pai da primeira dama. Sozinho, ele recebeu nos primeiros meses do ano R$ 191 mil correspondente ao trabalho não demonstrado como médico em quarto unidades de saúde do município.
Detalhe: Talvane é vice-prefeito do município de Chapadinha, distante a 380 quilômetros de Pinheiro, onde ele também é remunerado pela suposta carga de 30 horas semanais (6 horas diárias) em outra unidade de saúde local.
A situação é tão inusitada que houve até mesmo um pedido de impeachment contra Genésio protocolado na Câmara. Entretanto, o prefeito foi salvo por ter a maioria dos parlamentares em sua base. Além disso, a Prefeitura entrou a lista suja do Tribunal de Contas do Estado por não manter atualização permanente do Portal da Transparência.