As últimas mortes registradas foram brutais, assim como vários outras contabilizadas em diversas cidades maranhenses.

NO MARANHÃO, 21 MULHERES JÁ FORAM MORTAS EM 2022

Crimes

Recorrentes de ameaças, violência doméstica e familiar, geralmente as vítimas pagam com a própria vida o fim de um relacionamento amoroso onde o companheiro não aceita a separação.

As últimas mortes registradas foram brutais, assim como vários outras contabilizadas em diversas cidades maranhenses.

Na noite da última terça-feira (3), Elionai Sousa Silva, de 43 anos, matou a facadas Celcilene Santana Rodrigues, de 31 anos, em um quarto de uma pousada localizada no bairro Madre Deus, região central de São Luís. O autor dos golpes, que também foi ferido, encontra-se internado.

Na noite do último sábado (30), Ianca Vales do Amaral, de 26 anos, ainda tentou fugir dos disparos efetuados pelo marido Rony Veras Nogueira, de 41 anos, mas não resistiu e morreu na residência do casal, que fica localizada na Avenida Gonçalves Dias, no Centro da cidade de Dom Pedro. Foram mais de cinco tiros contra a vítima. O assassino encontra-se preso em Pedrinhas.

Ainda em abril, o subtenente do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA), Mário Sérgio Jardim, matou e ocultou o cadáver da esposa Viviane Batista Marques, de 31 anos, em Bacabeira. O corpo dela foi encontrado dias depois pela polícia nas proximidades da cidade de São Benedito do Rio Preto, no Povoado Santa Rosa. O militar também está preso.

Uma jovem, identificada apenas como Layane, de 16 anos, foi assassinada a facadas pelo próprio companheiro, nesse fim de semana, na cidade de Brejo de Areia, a 364 km de São Luís.

O crime ocorreu na residência do casal, no povoado Água Limpa, na zona rural do município.

Todos esses casos estão sob investigação do Departamento de Feminicídio, da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP).

A delegada Kazumi Tanaka, coordenadora das Delegacias de Atendimento e Enfrentamento à Violência contra a Mulher, informou a maioria das vítimas são jovens, com idade entre 18 e 49 anos, e que existem ações preventivas através de atividades sociais com utilização de materiais de informação sobre relacionamento abusivo e com orientações para que as vítimas denunciem.

“No que se refere à violência sexual, infelizmente, a maioria das vítimas é formada por menores de idade. São abusadas sexualmente por pessoas que convivem ou que já conviveram com elas, como pais, padrastos, irmãos, tios, e amigos”, disse a delegada.