Secretário nega risco de rebelião em Pedrinhas

Governo do Estado do Maranhão

O secretário de Justiça e Administração Penitenciária do Maranhão, Murilo Andrade, afirmou que o risco de rebeliões no Complexo de Pedrinhas, em São Luís, é muito pequeno ou talvez até nulo; Luis Antônio Pedrosa, que integra a Sociedade Maranhense de Defesa dos Direitos Humanos, questionou a versão do secretário, ao afirmar que o sistema prisional de Pedrinhas enfrenta uma situação tensa desde as eleições do ano passado

O secretário de Justiça e Administração Penitenciária do Maranhão, Murilo Andrade, afirmou que o risco de rebeliões no Complexo de Pedrinhas, em São Luís, é muito pequeno ou talvez até nulo. Ao programa Ponto e Virgula, da Rádio Difusora FM, o titular da pasta disse que a mudança de realidade no sistema carcerário maranhense aconteceu por conta de ações centradas em quatro eixos: reorganização administrativa, segurança, infraestrutura e humanização da pena e que o déficit de vagas no sistema penitenciário maranhense que é o menor do País deve ser reduzido ainda mais com a construção de novas unidades prisionais.

As deficiências no Complexo de Pedrinhas ganharam repercussão nacional e internacional nos últimos anos. Em 2013, 60 presos foram assassinados no local e 17 em 2014 – nos dois anos seguintes foram oito mortes.

Luis Antônio Pedrosa, que integra a Sociedade Maranhense de Defesa dos Direitos Humanos, questionou a versão do secretário, ao afirmar que o sistema prisional de Pedrinhas enfrenta uma situação tensa desde as eleições do ano passado. Segundo Pedrosa, não se pode considerar risco pequeno ou quase neutro, de problemas como rebeliões em um sistema penitenciário onde facções emitem ordem de ataques inclusive a escolas.

“Fora a questão das facções que controlam os presídios, temos o problema da superlotação e das constantes denuncias de maus tratos”, comenta Pedrosa.

Esta semana representantes do poder judiciário, do Ministério Público e do governo do Estado participaram de uma reunião para avaliar o atual estágio do sistema carcerário maranhense.

Fonte: Brasil 247