O guarda municipal Marcelo Arruda foi assassinado por um bolsonarista, na madrugada deste domingo (10), por volta das 4h25, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Arruda levou três tiros em sua própria festa de aniversário de 50 anos.
Ele comemorava o aniversário na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu (Aresfi) com cerca de 40 pessoas. A celebração era temática, com enfeites do PT e retratos do ex-presidente Lula.
Testemunhas relatam que, em um determinado momento, um bolsonarista penetrou na festa começou a gritar “Mito” e outras provocações.
“Vou matar todos vocês, desgraçados”, teria dito o sujeito, de acordo com um áudio obtido pelo DCM.
“No carro do cara estavam a esposa e um bebê de colo. A mulher aos gritos pediu para ele ir embora e ele foi, dizendo que retornaria”, diz uma testemunha.
Membro da Guarda há 30 anos, Marcelo foi buscar sua arma no carro para se defender caso o homem realmente voltasse. Ele voltou e encontrou Marcelo, acertando-lhe três disparos, um deles na cabeça, segundo a apuração policial.
Mesmo ferido, Marcelo conseguiu revidar e ferir o outro atirador, que é Policial Penal Federal. E está internado em estado grave. A família aguarda o diagnóstico de morte cerebral.
Marcelo Arruda foi internado na UTI em estado grave e não resistiu.
Ele deixa esposa e quatro filhos, um deles recém-nascido. Era diretor do Sismufi, o Sindicato dos Servidores Municipais de Foz, e, nas eleições municipais de 2020, foi candidato a vice-prefeito pelo PT.