A Construtora RJ está no centro de um inquérito civil por movimentações financeiras que não batem com o faturamento declarado pela empresa.
Segundo aponta o Ministério Público do Maranhão (MPMA), entre julho de 2021 e junho de 2022, a construtora movimentou mais de R$ 6,6 milhões — enquanto informava receita anual de apenas R$ 300 mil.
Chama ainda mais atenção o fato de que R$ 2,45 milhões desse montante saíram diretamente dos cofres da Prefeitura de Pedreiras, comandada pela prefeita Vanessa Maia, levantando suspeitas sobre contratos e licitações irregulares. Agora, o caso está sob análise do GAECO, grupo do MPMA especializado no combate a organizações criminosas.
A promotora Marina Carneiro Lima de Oliveira ordenou a quebra de sigilos bancário e fiscal da empresa e de pessoas ligadas a ela, incluindo Francisco Revil de Sousa Júnior e Josélio Vieira de Sousa Almeida Júnior. O Laboratório de Lavagem de Dinheiro também foi acionado para aprofundar a apuração.
O MP quer entender se há ligações entre a construtora e agentes públicos, além de possíveis indícios de improbidade administrativa. O inquérito corre em sigilo e pode se estender até 2026.