sexta-feira, abril 18, 2025

Desigualdade salarial entre homens e mulheres cresce no Maranhão, aponta relatório federal

Política

Dados do 3º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios, divulgados pelo Governo Federal, revelam que a desigualdade salarial entre homens e mulheres aumentou no Maranhão.

Desde a última medição, em setembro de 2024, a diferença cresceu 0,25%, passando de 15,65% para 15,9%.

Segundo o levantamento, a média salarial das mulheres no estado é de R$ 2.658,93, enquanto os homens recebem R$ 3.161,81.

No cenário nacional, a disparidade também é significativa: mulheres recebem, em média, 20,87% menos que os homens — um aumento de 0,18% desde o último relatório.

DESIGUALDADE RACIAL TAMBÉM PERSISTE

A diferença salarial também se acentua quando se observa o fator racial. No Maranhão, mulheres negras recebem em média R$ 2.463,83, enquanto as não negras ganham R$ 3.498,50 — uma diferença de 29,6%.

No Brasil, a disparidade é ainda maior: mulheres negras ganham em média R$ 2.864,39, contra R$ 4.661,06 das mulheres não negras — 38% a mais.

PRESENÇA FEMININA NO MERCADO CRESCE

Entre 2015 e 2024, o número de mulheres ocupadas passou de 38,8 milhões para 44,8 milhões no país. No mesmo período, a participação masculina subiu de 53,5 milhões para 59 milhões.

Apesar do crescimento, a massa de rendimentos do trabalho das mulheres teve variação modesta: de 35,7% para 37,4%.

DIFERENÇAS POR TIPO DE OCUPAÇÃO

O relatório também destaca desigualdades conforme o tipo de ocupação. Mulheres em cargos de direção ou gerência recebem 73,2% do salário dos homens.

Nas ocupações de nível superior, esse percentual cai para 68,5%. Já nas funções administrativas, as mulheres recebem 79,8% do que ganham os homens.

ESTADOS COM MENOR E MAIOR DESIGUALDADE

As menores disparidades salariais foram observadas em Pernambuco (9,14%), Acre (9,86%), Distrito Federal (9,97%), Piauí (10,04%), Ceará (10,21%) e Alagoas (11,08%).

Em contrapartida, os maiores índices de desigualdade foram registrados no Paraná (28,54%), Espírito Santo (28,53%), Santa Catarina (27,96%) e Rio de Janeiro (27,82%).

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