O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), declarou nesta terça-feira (21), estar “muito animado” com a pré-candidatura do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) ao Governo do Estado, mas garantiu que pode mudar seu posicionamento sobre o destino do grupo nas eleições de 2022 se a maioria dos aliados decidir por outro caminho.
O socialista participou quadro Bastidores, do Bom Dia Mirante.
Ele reafirmou que haverá uma nova reunião com partidos e lideranças aliados no dia 31 de janeiro, quando será definida a posição oficial. Além de Brandão, seguem articulando pré-candidaturas o senador Weverton Rocha (PDT) e o secretário de Estado da Indústria, Comércio e Energia, Simplício Araújo (SD). Filiado ao PT, e citado nominalmente por Dino na entrevista, o secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão, parece haver recuado, e voltado a trabalhar por uma candidatura de deputado federal.
Apesar de admitir uma possível mudança – em caso de apoio da maioria a outro nome -, o governador reafirmou que segue acreditando que Brandão tem melhores condições de ser o candidato da base.
“O meu posicionamento, que eu apresentei a esse colegiado, é de que o vice-governador Carlos Brandao teria, e na minha ótica tem, as condições de agregar, politicamente, eleitoralmente, e nos representar nessa batalha eleitoral vindoura. É um processo em curso, é um processo que, inclusive, está sintonizado com o calendário eleitoral. Às vezes, tem muita agonia, muita ansiedade, mas se você olhar nacionalmente, nos outros estados, ainda vocês está no momento de definições”, disse.
Dino ressaltou que não fez “imposição” aos correligionários e se disse animado com a possibilidade de o seu vice vir a ser o novo governador do Maranhão.
“Me cabe opinar. Não me cabe decidir de modo unilateral. Não é nenhuma imposição, é uma posição. Acho que no dia 31 de janeiro nós vamos ter melhores condições ainda de aferir o pensamento da maioria. Estou muito animado com essa ideia de que o vice-governador Brandão representará, ao mesmo tempo, mudanças, porque é normal, é outra pessoa; mas, sobretudo, a manutenção da linha de probidade, de honestidade, de investimentos públicos e de políticas sociais, que acho que é o principal que nós conseguimos estabelecer nesses sete anos”, completou.
Apesar disso, o governador afirma acreditar que ainda possa haver uma unidade do campo governista para 2022.
“Eu tenho muita confiança na união e mudara, claro, minha posição se a maioria a rejeitasse. É uma mesa de partidos: nós temos 13 partidos, hoje, que integram o governo, existem os prefeitos que nos apoiam, existem os deputados estaduais que nos apoiam, a bancada federal. Esses são os núcleos decisórios principais. Eu apresentei uma opinião, vou aferir. A maioria dos partidos concorda ou discorda? A maioria dos prefeitos concorda ou discorda? Dos deputados? Então, se a maioria considerar que a minha posição está errada, é óbvio que eu seria o primeiro a revê-la. Agora, se a maioria estiver concordando com a minha opinião, é claro que as bases da união, democraticamente, estão estabelecidas. E, por esse critério objetivo, prático, eu tenho muita confiança de que as dissensões são normais, o debate é normal, é até saudável, acho importante que ele ocorra, mas nós vamos conduzi-lo sempre assim, com muita calma, muita tranquilidade, muita serenidade, porque nós temos um tempo, um prazo, e o principal é manter a união para vencer a eleição, eleger maioria de deputados federais, estaduais, tem a eleição do Senado, há eleição presidencial, são várias eleições em verdade, mas nessa temática do governo acho que nós avançamos muito nesse ano. Eu estou muito confiante, muito otimista de que a gente vai conseguir, se não 100% de união, mas a imensa maioria do grupo se mantendo unida no mesmo caminho agora na eleição para o Governo do Estado”, concluiu.
Fonte: Gilberto Leda