O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, avisou, ontem, que não dará trégua na identificação e na responsabilização dos bolsonaristas radicais que vandalizaram a área central de Brasília, na segunda-feira.
“Não haverá nenhum tipo de interrupção nas investigações sobre o que aconteceu na capital federal do país e que já estão em curso”, ressaltou, em entrevista coletiva em São Luís.
“Já há identificação de dezenas de pessoas que atuaram naqueles atos de terrorismo, de violência, de intimidação.”
Dino enfatizou que as ações recentes da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal (STF) contra os extremistas devem “servir de registro para o momento da posse” do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, em 1º de janeiro.
“Representações têm sido feitas pelo delegado Andrei (Passos) a vários órgãos, à própria PF e, sobretudo, ao STF. Em razão dessas representações, têm ocorrido decisões judiciais que têm sido cumpridas”, declarou. Andrei Passos assumirá o comando da PF no ano que vem.
Na última quinta-feira, policiais federais deflagraram uma operação contra os radicais em todo o país. Foram cumpridos 103 mandados de busca e apreensão em oito estados e no Distrito Federal, que envolveram, inclusive, a apreensão de fuzis e submetralhadoras.
Sobre a posse, Dino afirmou que o esquema de segurança, planejado em conjunto com PF, Governo do Distrito Federal (GDF) e participação, inclusive, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), manterá a ordem e a integridade dos participantes, tanto das solenidades oficiais quanto dos shows programados para a Esplanada dos Ministérios.
“Se alguém quiser exercer a sua liberdade de expressão de dizer que não gosta do momento da posse, obviamente tem todo o direito de fazê-lo. Mas não, definitivamente não, de tentar destruir, depredar, invadir, praticar atos terroristas ou ameaçar a integridade física do presidente da República”, frisou.
Fonte: O Imparcial