O Ministério das Mulheres lançou, nesta sexta-feira (6), uma importante cartilha do Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios, elaborada em colaboração com a ONU Mulheres. O guia serve para combater todas as formas de violência de gênero, discriminação e misoginia, com foco na implementação de ações governamentais em diversos setores da sociedade.
A cartilha, que pode ser baixada no site do Ministério das Mulheres, é dividida em quatro partes e traz um panorama completo sobre a violência contra as mulheres no Brasil. O material apresenta um histórico das políticas públicas voltadas ao enfrentamento da violência de gênero, além de explorar temas como estereótipos de gênero, empoderamento feminino e as diversas formas de violência baseada em gênero.
Entre as orientações, o guia esclarece as características das agressões de gênero, como identificar os diferentes tipos de violência e as distinções entre os diversos tipos de feminicídio. O objetivo é fornecer informações claras para ampliar o entendimento sobre esse grave problema e orientar ações eficazes de prevenção.
O lançamento do guia coincide com o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres, celebrado nesta sexta-feira. Instituída pela Lei nº 11.489/2007, a data é também conhecida como a Campanha do Laço Branco e faz parte dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher. A campanha tem como foco a conscientização e a importância do envolvimento dos homens na luta pela erradicação da violência de gênero.
O Ministério das Mulheres tem intensificado seus esforços para incluir os homens no debate, buscando engajamento através da mobilização nacional pelo Feminicídio Zero. A parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), formalizada em novembro com a assinatura da Carta-Compromisso, busca envolver o setor esportivo na implementação de medidas preventivas. De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os índices de violência contra mulheres aumentam em dias de jogos, com uma elevação de 23,7% nos registros de ameaças.
O protocolo “Não é Não”, que será implementado nas arenas esportivas, tem como objetivo criar um ambiente mais seguro para as mulheres, além de conscientizar os torcedores sobre a importância do respeito e da igualdade de gênero no esporte e na sociedade.