OPERAÇÃO ORLOV: POLÍCIA CIVIL PRENDE MAIS UM INVESTIGADO POR ENVOLVIMENTO EM GRUPO SUSPEITO DE TRÁFICO DE ARMAS NO MA

Polícia

Indivíduo, considerado foragido desde que a operação foi deflagrada, na última quinta-feira (18), foi localizado e abordado enquanto passeava em um automóvel de luxo no município de Luís Correia (PI).

A Polícia Civil do Maranhão prendeu mais um indivíduo investigado por suspeita de participação em grupo criminoso responsável pelo comércio ilegal de armas no estado. Ele era considerado foragido desde que a Operação Orlov foi deflagrada, nas primeiras horas da última quinta-feira (18), desarticulando grupo criminoso composto, inclusive, por militares do Exército Brasileiro.

Por meio de cooperação entre policiais do Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO), vinculado à Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC), e a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Piauí (FICCO/PI), além da Força Tática daquele estado e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi possível localizar e prender o indivíduo na cidade de Luís Correia (PI).

A prisão foi efetuada pouco mais de 24h após a deflagração da Operação Orlov, que deu cumprimento, inicialmente, a cinco mandados de prisão e apreendeu armamento e munições do comércio ilegal de armas de fogo e veículos. O individuo preso foi abordado enquanto passeava na cidade do litoral piauiense em um automóvel de luxo.

Após a prisão, ele foi encaminhado para a Central de Flagrantes, na cidade de Parnaiba (PI), onde foi dado cumprimento ao mandado de prisão expedido pela justiça do Maranhão.

Operação Orlov

A Operação Orlov cumpriu 27 mandados de busca e apreensão. Além do Maranhão, foram realizadas diligências em Ribeirão Preto (SP), Fortaleza (CE) e Parauapebas (PA) com a apreensão de 17 armas de fogo, provas documentais, aparelhos celulares e 545 munições.

Inicialmente, foram apreendidos ainda três veículos e efetuadas cinco prisões, sendo três em flagrante e duas preventivas. Entre os envolvidos presos estão dois militares do Exército e um advogado. Também foi feito o sequestro de R$ 350 mil em valores da organização criminosa.

De acordo com o DCCO, a investigação teve início em maio de 2023 a partir da apreensão de uma arma de fogo que foi pega com um traficante em São Luís, que também foi preso. Após as consultas aos sistemas foi constatado que a arma estava registrada em nome de um indivíduo de São Paulo. Em contato com esse indivíduo, a Polícia Civil descobriu que ele estava sendo usado como laranja, pois não possuía arma de fogo em São Luís e seu registro de atirador esportivo na capital era falso.

A arma que deu início à investigação é uma pistola Glock. Durante os trabalhos, a equipe de investigadores descobriu que o preso integrava o esquema criminoso como intermediador da aquisição de armas de fogo de forma ilegal. Além disso, também se descobriu que havia uma empresa aberta em nome do laranja. Durante as buscas à empresa foi verificada que se tratava de uma fachada usada para disfarçar o esquema criminoso já que nada foi encontrado no endereço registrado.

Os militares do Exército envolvidos no esquema e presos durante a Operação Orlov trabalhavam no setor responsável pelo registro de armas. Eles faziam a aquisição do armamento de forma legal, mas em seguida colocavam em nome de laranjas e vendiam pelo dobro do preço para o mercado clandestino.