O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) sairá maior de 2019. Conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) compilados pelo site Congresso em Foco, o número de filiados ao Partido cresceu 4,13% em todo o País ao longo de um ano. De 397.239 inscritos no TSE em dezembro de 2018, o PCdoB saltou para 413.855 em novembro de 2019. O ganho foi de 16.403 novos filiados no período.
O fator que mais estimulou esse crescimento foi a incorporação do PPL (Partido Pátria Livre) ao PCdoB, consolidada no primeiro semestre. No processo de conferências municipais e estaduais – que se estendeu de setembro a novembro –, o registro de novas filiações se potencializou. Hoje, o PCdoB tem quase o dobro da soma de filiados de PSOL, PCB, PSTU e PCO. Juntos, esses quatro partidos totalizam 216.768 inscritos no TSE.
A marca alcançada pelos comunistas é ainda mais expressiva diante de uma nítida tendência de desfiliação. “Pela primeira vez desde 2010, os partidos políticos devem sair de um ano menores do que entraram”, destaca o Congresso em Foco. As legendas perderam mais de 1,1 milhão de adeptos, passando de um total de 16.807.444 de filiados em 2018 para 15.691.868 agora.
Os partidos mais afetados foram o MDB (-261.825 filiados), o PP (-168.001), o PDT (-130.321), o PTB (-123.718), o DEM (-117.461), o PT (-115.602) e o PSDB (-93.357). No geral, com tais reduções, o Brasil volta a patamares registrados em 2015. Na outra ponta da tabela, os dois partidos que mais cresceram, em termos relativos e absolutos, foram, na realidade, beneficiados por agregarem outras legendas. O Patriota e o Podemos incorporaram, respectivamente, o PRP e o PHS.