Se o ex-presidente Lula da Silva (PT) estiver tão forte como mostraram as pesquisas do Ibope, divulgada segunda-feira, e do Datafolha, divulgada ontem, o seu vice, Fernando Haddad (PT), desembarcará nesta sexta-feira em São Luís como um fortíssimo candidato a presidente da República. No cenário que incluiu o ex-presidente Lula, a pesquisa Datafolha encontrou o líder petista com 39% das intenções de voto. No cenário sem Lula e com Fernando Haddad como candidato, este aparece com apenas 4% das intenções de voto. Ocorre que a mesma pesquisa investigou situações diversas e apurou que 30% dos eleitores de Lula, a seu pedido, votarão em Fernando Haddad, o que representará 15% dos eleitores. E tendo outros 10% respondido que “poderão” votar no substituto, se Lula pedir. Considerando-se metade disso, serão mais 2%, o que totalizará 17% de votos para Fernando Haddad. E somando-se aos quatro que ele já tem por conta própria, o substituto do ex-presidente irá seguramente para o segundo turno, praticamente empatado com Jair com Jair Bolsonaro. Levando-se em conta que Lula está mostrando força para fazer muito mais, não será nenhuma surpresa se Fernando Haddad for mesmo para o segundo turno e destroçar o candidato da extrema direita nas urnas e eleger-se presidente da República. É verdade que o cálculo é simplista e que tudo pode acontecer durante a campanha. Mas é também verdadeiro que os candidatos são fracos e previsíveis, enquanto Fernando Haddad é um “poste” com mais de quatro anos de Ministério da Educação, outros quatros como prefeito de São Paulo, e com padrinho político mais influente do País.