A Polícia Federal finalizou o relatório da Operação 18 Minutos, que investiga um possível esquema de corrupção envolvendo membros do Judiciário brasileiro. O documento, já enviado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e sob a relatoria do ministro João Otávio de Noronha, aponta o indiciamento de três desembargadores, dois juízes, assessores e advogados, por suspeita de manipulação de decisões judiciais.
Entre os nomes citados estão os desembargadores Nelma Celeste Souza Silva Sarney Costa, Antonio Pacheco Guerreiro Junior e Luiz Gonzaga Almeida, além dos juízes Alice de Sousa Rocha e Cristiano Simas de Sousa.
Os magistrados são acusados de participar de um esquema que acelerava decisões judiciais, favorecendo partes específicas em processos sensíveis. O nome da operação faz referência ao tempo médio de 18 minutos que algumas decisões levavam para serem proferidas, ritmo considerado anormal e que gerou desconfiança sobre a regularidade dos procedimentos.
Agora, o relatório da Polícia Federal será analisado pelo STJ, que poderá determinar novas investigações, o afastamento dos envolvidos ou até mesmo o oferecimento de denúncia formal contra os magistrados. Caso a denúncia seja aceita, os indiciados poderão responder tanto por processos criminais quanto administrativos, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), responsável pela fiscalização das ações de juízes e desembargadores.
Até o momento, nenhum dos acusados se pronunciou sobre as acusações, mas espera-se que suas defesas se manifestem nos próximos dias para contestar as conclusões da PF.