A Polícia Civil de Timon está à procura de um fazendeiro, identificado como Carlos Roberto Pereira, de 55 anos, mais conhecido como “Carlos Cigano”, que sumiu após ter sido liberado para cumprir pena em prisão domiciliar. Ele foi condenado a 73 anos e dez meses por ser o mandante de uma chacina ocorrida em 2012, na cidade de Araguaína, no Tocantins.
De acordo com informações obtidas pelo Jornal Pequeno, “Carlos Cigano” foi solto por determinação de um juiz da Vara de Execução Penal de Timon, em razão de um tratamento médico que duraria três meses. A decisão, inclusive, contrariou o parecer feito pelo Ministério Público.
Vale lembrar que, além da chacina que resultou na morte de quatro pessoas da mesma família, ele responde pela morte de um policial militar em Dom Eliseu, no Pará, e por deixar outro paraplégico no município de Matões.
O condenado, foragido desde o último dia 26 de fevereiro, foi capturado por policiais civis do Maranhão, em junho do ano passado, em uma fazenda no povoado São Gonçalo, zona rural de Matões. Em desfavor dele, havia um mandado de busca e apreensão e outro de prisão.
Vítimas da chacina
Francisca Marahana Pereira Batista, na época grávida de gêmeos, Rangel da Silva Lima, José Feitosa Pereira e Félix Guida dos Santos foram executados em julho de 2012, na cidade de Nova Araguaína.
Vítimas da chacina em Araguaína (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Os autores do crime, a mando do fazendeiro, foram dois homens, que chegaram ao local em uma caminhonete abrindo fogo contra um grupo de pessoas que jogava baralho em frente a um bar. Em seguida, eles atiraram na mulher grávida e no esposo, que morreram no local.
A chacina teria como motivação vingar a morte de mais de 24 pessoas, mas acabou vitimando quatro pessoas que, conforme a polícia, não tinham nada a ver com a matança.
“As quatro pessoas que foram vitimadas foram atingidas em decorrência de engano, pois a vontade deles era atingir outras pessoas envolvidas numa matança de mais de 24 pessoas em mais de três estados diferentes, uma briga de família”, afirmou o promotor de Justiça, Paulo Alexandre Rodrigues.