Trabalhos preliminares de peritos da Secretaria da Segurança Pública de Santa Catarina indicam que os quatro jovens encontrados mortos dentro de um BMW, em Balneário Camboriú (SC), foram vítimas de asfixia por intoxicação de monóxido de carbono.
A polícia suspeita de que o gás inodoro e tóxico entrou no veículo. Segundo o delegado da Polícia Civil Bruno Effori, o monóxido de carbono “estaria sendo jogado para dentro do veículo por meio de uma perfuração que havia no cano entre o motor e o painel. Mas somente com a conclusão perícia podemos constatar isso”, enfatizou.
Segundo apuraram as autoridades, os jovens decidiram ficar dentro do carro, com o ar condicionado ligado o tempo todo, porque estavam se sentindo mal.
As vítimas ficaram entre três e quatro horas na rodoviária de Balneário Camboriú. Os quatro jovens haviam ido ao local para buscar a namorada de um deles, que procedia de ônibus de Minas Gerais. Segundo o delegado responsável pelo caso, a jovem relatou que os amigos tiveram enjoos e tonturas e, por isso, decidiram esperar até que se sentissem melhor.
Namorada de um dos jovens esperou do lado de fora do BMW 320i. A jovem disse que voltou ao veículo várias vezes para falar com o namorado — Tiago de Lima Ribeiro, de 21 anos — e perguntar se os demais estavam bem. “Em uma das oportunidades, ela retornou e [eles] já estavam em óbito”, contou Effori, em entrevista ao site UOL.
Corpos passaram por exame necroscópico no IML (Instituto Médico Legal). Também foi feita a coleta de material biológico para exame toxicológico. Bruno Effori confirmou que não havia sinais de violência nas vítimas. O veículo — um BMW 320i — foi apreendido, bem como os celulares dos quatro jovens.
Quem eram as vítimas
Os quatro jovens eram de Minas Gerais e estavam morando há cerca de um mês em São José, na grande Florianópolis.
Eles foram identificados como:
Gustavo Pereira Silveira Elias, 24;
Tiago de Lima Ribeiro, 21;
Karla Aparecida dos Santos, 19;
e Nicolas Kovaleski, de 16 anos.
O Informante