Apesar das semelhanças, o PCC também tem particularidades em relação às tradicionais máfias. Ao contrário das organizações italianas que concentram a operação dos crimes na figura de um capo, a facção consegue funcionar mesmo com os chefes atrás das grades, como ocorre atualmente (confira o quadro). A alta cúpula encarcerada ainda dá a palavra final e consegue, por meio de advogados, alguma comunicação com as ruas. O PCC se organiza em uma estrutura em rede, dividida em setores chamados de sintonias, que foi readequada após a ida dos chefões para presídios federais. A Sintonia Restrita, uma espécie de setor de inteligência, responsável pela perseguição de agentes públicos, responde apenas à cúpula, chamada de Sintonia Final. Há ainda setores como a Sintonia Final da Rua, composta pelos líderes que não estão presos e cuidam do dia a dia do crime, e a Sintonia dos Gravatas, responsável pela assessoria jurídica e pelo trânsito de informações entre as ruas e o presídio.
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