Em um movimento que representa uma virada no cenário político da Assembleia Legislativa do Maranhão, o Partido Comunista do Brasil (PC do B) decidiu formar um bloco de oposição ao governo estadual, unindo-se ao Solidariedade.
A decisão ocorre após intensas tentativas do governador Carlos Brandão e do vice Felipe Camarão em manter a sigla na base aliada, incluindo uma proposta para que o PC do B se juntasse ao Podemos, outra legenda da base governista.
A postura do PC do B foi enfática. Apesar das negociações, o partido rejeitou a ideia de se aliar ao Podemos e optou por seguir o deputado Othelino Neto, que representa a oposição ao governo Brandão. A aliança entre o PC do B e o Solidariedade, portanto, se consolida como uma resistência à administração atual, especialmente no contexto das discussões legislativas que se iniciaram nesta segunda-feira, durante a abertura oficial dos trabalhos do ano na Assembleia.
Esforços de Brandão e Camarão para manter o PC do B na base
Governador e vice-governador não esconderam o empenho em tentar preservar a unidade da base aliada, buscando dialogar com as diferentes forças políticas. Brandão, em particular, manifestou seu compromisso com a construção de uma governança inclusiva e alinhada com as diversas correntes políticas do Estado. Durante a abertura das atividades do Legislativo, ele reafirmou a importância do diálogo constante e da busca pela convergência de ideias, ressaltando que a Assembleia é um espaço democrático onde todas as vozes devem ser ouvidas e respeitadas.
“Todos têm o direito de fazer sugestões, de opinar, de se posicionar. Nosso compromisso é com o Maranhão, e isso passa por respeitar a diversidade de pensamentos”, declarou Brandão, em discurso de abertura.