Tornada pública na semana passada, quando o deputado federal José Reinaldo Tavares e o ex-prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, trocaram farpas com declarações fortes dadas à imprensa, a crise instalada no PSDB do Maranhão tem os seus motivos de ser.
Pré-candidato do partido ao governo, o senador Roberto Rocha, mesmo patinando nas pesquisas de intenção de voto e não conseguindo ultrapassar a casa dos 5%, não abre mão da disputa não apenas por ser o presidente do tucanato maranhense e um dos responsáveis por ter tirado o PSDB do raio de submissão ao governo Flávio Dino (PC do B).
O parlamentar irá gerir quase R$ 7 milhões, recursos, estes, oriundos do fundo partidário ao qual a legenda terá direito para custear as campanhas majoritárias no Estado.
E por este motivo preferiu sair em defesa de Madeira e endossar as críticas feitas pelo ex-prefeito ao ex-governador.
Sebastião Madeira, por sua vez, ameaçou defenestrar Zé Reinaldo da condição de pré-candidato da sigla do Senado não apenas pelo fato do mesmo continuar estimulando a pré-candidatura do deputado estadual Eduardo Braide (PMN) ao governo.
Para o ex-prefeito, é melhor tirar Zé Reinaldo do páreo e entregar a vaga ao deputado federal Waldir Maranhão.
Desta forma, suas chances de eleger-se deputado federal são maiores.
Já José Reinaldo defende publicamente um palanque duplo no Maranhão para o presidenciável Geraldo Alckmin formado pelas candidaturas de Roberto Rocha e Eduardo Braide.
Mas, no fundo, gostaria que o senador abdicasse do projeto e fornecesse o suporte do PSDB para o jovem deputado estadual, que aparece em terceiro lugar em todas as pesquisas de intenção de voto divulgadas até o momento e, cuja rejeição, é praticamente zero, o que apresenta-se como um cenário extremamente satisfatório e propicio para um crescimento capaz de levar o pleito para o segundo turno.
Estes são os verdadeiros motivos da crise no PSDB maranhense.
Fonte: Antônio Martins
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