Debate entre os presidenciáveis na Rede Globo terminou como começou, sem um destaque nem declarações ou gestos que possam mudar o panorama favorável ao único ausente, Jair Bolsonaro, que alegou recomendação médica para ficar em casa. Fernando Haddad (PT) se mostrou firme, com os pés no chão e focado na realidade, e com momentos de altivez como no que enquadrou Álvaro Dias (Podemos), o mais chato e incômodo de todos. Geraldo Alckmin fez o que tinha de fazer: reafirmar sua condição de político experiente, com uma receita para tudo e o apelo para que o eleitorado abandone a polarização direita-esquerda e se posicione no centro. Ciro Gomes mostrou todo o seu talento e experiência, mas faltou-lhe mais ousadia para tirar de vez a máscara de Jair Bolsonaro, como fez Marina Silva numa frase: “Ele amarelou. Não veio porque está fugindo do debate”. Muito bem foi o candidato do MDB, Henrique Meireles, que aproveitou todas as oportunidades para pedir votos e mostrar que é um dos mais preparados candidatos, mas sem Roseana Sarney (MDB) caiu de 32% para 30%. Maura Jorge (PSL) passou de 5% para 4%. Roberto Rocha (PSDB) se manteve com 2%. Ramon Zapata (PSTU) passou de 0% para 1%. Odívio Neto (PSOL) passou de 0% para 1%. Brancos/nulos foi de 7% para 4%. Não sabe foi de 5% para 2% charme para turbinar a candidatura. O debate deixou no ar a impressão de que essa fatura pode ser liquidada por Jair Bolsonaro no primeiro turno, colocando o Brasil na rota da mais absoluta incerteza.