RIO — O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) teve que ser escoltado pela Polícia Militar na noite desta terça-feira, em Belo Horizonte. Buarque, que já havia sido hostilizado dentro do campus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde foi lançar seu livro “Mediterrâneos invisíveis” durante a tarde, chegou cercado de policiais ao Teatro da Cidade, no Centro da capital mineira, onde mais manifestantes o aguardavam.
Sob vaias e gritos de “golpista” e com pelo menos dez policiais na escolta, Buarque acenou e chegou a discutir com os manifestantes antes de seguir para o teatro.
Durante a tarde, o senador também já havia sido hostilizado dentro do campus da UFMG. Manifestantes chamaram Buarque de “golpista”, “cínico” e “traidor da educação”.
Vídeos que circulam em redes sociais mostram um cordão de policiais que se formam para que o senador entre com segurança no teatro mineiro.
Em sua rede social, o senador criticou os manifestantes e a forma “desrespeitosa” como foi recebido dentro da universidade federal.
“Participei hoje da Sessão Especial aos 20 Anos de Ensino a Distância na SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência ), na UFMG. Um grupo de manifestantes me abordou de forma bastante desrespeitosa. Para pessoas que têm opiniões contrárias e que agem dessa forma, envio o meu recado: viver num país em que se é hostilizado por pensar diferente é mais um incentivo para que eu continue a minha luta pela educação”, publicou Buarque.
Cristovam é ex-ministro da educação do governo Lula (PT) e votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016.