O interventor federal na segurança pública do DF, Ricardo Cappelli, está concluindo relatório robusto sobre as falhas – e os respectivos responsáveis – que permitiram o cenário de terror na Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro, quando bolsonaristas extremistas invadiram e depredaram o Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro do STF Alexandre de Moraes deu 10 dias para que o interventor apresentasse relatório sobre as condutas dos agentes de segurança pública do DF em relação aos atos terroristas. A previsão é de que o documento seja entregue nesta quarta-feira (25/1).
Cappelli tem reunião marcada com Moraes para as 18h desta segunda-feira (23/1). É a primeira vez que eles se encontrarão desde que Cappelli foi nomeado interventor, em 8 de janeiro.
Na manhã desta segunda-feira, o interventor recebeu integrantes do PSB no gabinete, no Ministério da Justiça. A deputada distrital Dayse Amarilio, que esteve na reunião, disse à coluna do Metópoles que o relatório deve apontar se houve falhas no comando.
“Confio na Polícia Militar do DF, que é uma das melhores do país, apesar de haver um grande déficit de recursos humanos, mas houve falhas no comando e nas informações. É isso que o relatório, provavelmente, vai apontar”, disse Dayse.
Segundo Cappelli informou aos colegas de partido, a Corregedoria da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) está “trabalhando muito” nos inquéritos que apuram possível crime de PMs em relação aos atos antidemocráticos.
“Possivelmente, alguns inquéritos de policiais já se encerrem esta semana. De cinco, acho que pelo menos três”, afirmou a deputada.
Dayse disse, também, que tudo se encaminha para que a intervenção federal na segurança distrital não seja prorrogada e acabe em 31 de janeiro.
A deputada solicitou informações ao interventor sobre a quantidade de pessoas que ainda estão presas por suspeita de envolvimento nos atos terroristas, quantas foram soltas e quantas saíram da cadeia com uso de tornozeleira eletrônica.
Na tarde desta segunda-feira, o interventor deve se encontrar com integrantes da Comissão de Segurança da Câmara Legislativa do DF (CLDF). A reunião foi um pedido da presidente do colegiado, deputada Doutora Jane.
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