Com o lema “Por terra e democracia, mulheres em resistência!”, um grupo de mulheres do Movimento Sem Terra (MST-MA) foi recepcionado pelo vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão, na manhã de quarta-feira (8), no Auditório do Edifício João Goulart, em São Luís.Durante o encontro, o grupo apresentou ao Governo do Maranhão um documento com uma série de pautas que objetivam buscar melhorias para o desenvolvimento da reforma agrária nos assentamentos do Maranhão, bem como a garantia dos direitos humanos para as comunidades do campo, tendo em vista o acesso à terra e às políticas públicas estaduais.“Estou aqui, representando o governador Carlos Brandão, para reafirmar nosso compromisso com essas mulheres do campo. Nós aqui estamos de portas abertas e quero que todas se sintam representadas neste Governo. E agora temos um Governo Federal parceiro e que também trabalha em favor do povo, por isso eu tenho certeza que a articulação com os municípios, conjuntamente com o Governo do Estado e o Governo Federal, vamos conseguir avançar em muitas dessas pautas hoje aqui apresentadas”, afirmou o vice-governador, Felipe Camarão. A reunião, além do vice-governador, contou com a presença da coordenadora do MST no Maranhão, Maria Divina Lopes, e dos secretários estaduais Lília Raquel (Secretaria dos Direitos Humanos e Participação Popular – Sedihpop) e Bira do Pindaré (Secretaria de Agricultura Familiar – SAF).“Estamos na Semana Nacional de Luta das Mulheres do Campo e das Cidades, e em todo o Brasil grupos de mulheres têm se mobilizado para tratar de pautas de melhorias para o nosso movimento. Aqui no Maranhão, viemos para esse encontro com o Governo do Estado trazendo nossas propositivas para os eixos: acesso à terra, combate à violência no campo, educação, produção e desenvolvimento econômico dos assentamentos, entre outros. Precisamos pensar melhor nessa política que precisa atender a pluralidade e diversidade do nosso povo do campo”, explicou Maria Divina.Ainda entre as reivindicações, estão presentes também propostas nas áreas de alimentação e agricultura familiar – fomentando o cultivo dos quintais produtivos, incentivo à cultura, melhoria dos atendimentos de saúde, preservação e conservação ambiental e infraestrutura – além do combate e enfretamento à violência contra a mulher nos Territórios do Movimento Sem-terra.“As pautas apresentadas na manhã de hoje são muito legítimas. Nós ainda temos que avançar em muitas coisas, sobretudo no fortalecimento do combate à violência no campo. E no que eu posso me comprometer com todas aqui é que nós vamos continuar avançando no diálogo permanente e de negociação respeitando as diversidades e, sobretudo, o direito das mulheres”, afirmou a secretária Lília Raquel.“É um momento ímpar para nós e o povo maranhense precisa do nosso trabalho, então precisamos nos unir enquanto ação de Governo para atender a todas essas pautas aqui apresentadas”, reiterou o secretário da SAF, Bira do Pindaré.Educação em pautaEntre os pontos reivindicados pelas mulheres, constam pautas especificamente voltadas para a área da educação, momento em que foram apresentados três eixos de busca de melhorias: a qualificação do Ensino Médio nas áreas de assentamento; a construção de novas escolas de Ensino Fundamental (em articulação com os municípios) e de Ensino Médio; e a construção de uma unidade do Iema Campo no Assentamento Califórnia, localizado no município de Açailândia.“Muitas foram as propositivas apresentadas aqui e eu, agora também com o retorno à Seduc como secretário de Educação, me coloco à disposição para trabalhar por essas ações e muitas outras que já estão em nosso planejamento, como por exemplo o retorno do Programa ‘Sim, eu posso!’. Nosso compromisso é pela alfabetização de todos e todas: crianças, jovens e adultos. E com o apoio de todos, vamos juntos erradicar o analfabetismo em nosso Estado”, concluiu o vice-governador Felipe Camarão