Francisco Alves Pereira, mais conhecido como Bodó, foi preso por ordem da Justiça no domingo, 6, em Coroatá. Ajuíza Anelize Nogueira Reginato também autorizou a Polícia Civil, autora do pedido de prisão preventiva, a fazer busca e apreensão no escritório da promotora de empréstimos consignados para idosos Poupa Bom Jesus, de propriedade do investigado.
Em março deste ano Francisco foi alvo de uma operação de busca e apreensão em sede de suas empresas no município de Timbiras realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate a Organizações Criminosas (GAECO) que pertence ao Ministério Público Estadual.
Apesar de ter sido motivada pelas mesmas práticas a prisão dele não tem nada a ver com as investigações do Ministério Público em Timbiras, todas as 7 vítimas levadas ao conhecimento da Justiça pela investigação da Polícia Civil são daqui mesmo de Coroatá.
O delegado que preside o inquérito, Francisco Fontenele, explicou como era ação tida como criminosa.
“As vezes faz alguns empréstimos legítimos pra essas pessoas e entrega de fato os numerários a elas, mas fica de posse dos documentos, de senha de movimentação bancárias e depois, desse primeiro contato inicial, ele realiza contratação de empréstimo sem a anuência dessas pessoas e depois subtrai esses valores. Primeiro ele transfere pras contas de outras vítimas (…) pra, por fim transferir pra conta da esposa, Francinete, pra conta da empresa a Promotora Bom Jesus, ou pra conta de colaboradores que fazem o saque desses numerários e entregam em mãos ao Francisco Alves Pereira’, disse
Francisco Alves Pereira será indiciado por Furto Mediante Fraude, Estelionato e até por lavagem de capitais que acontecia da seguinte maneira na opinião da autoridade policial.
“ele fazia isso, essas sucessivas movimentações pra contas de terceiros e, por fim, pra conta da empresa pra tentar mascarar a origem ilícita desses valores, como se a própria pessoa que tivesse realizado a contratação transferência a conta, inicialmente, pra outra pessoa, que transferia pra outra pessoa, que transferia pra outra pessoa para, por fim, transferir pra empresas dele e ele por a mão no dinheiro, isso tudo ele fazia pra dar aparência de licitude”
Como a prisão decretada é preventiva não há prazo para que seja solto, o delegado acredita que muito mais pessoas irão aparecer agora para formalizar denúncias em Coroatá uma vez que o material apreendido na busca e apreensão demonstra que existem outras vítimas.
Fonte: Blog do Acélio