O depoimento do acusado durou mais de 5 horas. Ainda ontem à noite, o delegado regional de Barra do Corda divulgou para a imprensa local, um resumo do teor do interrogatório. Confira o relato do Policial Civil.
Delegado Renilton Ferreira: “Em atendimento a solicitações dos meios de comunicações locais, a Polícia Civil comunica que na data de hoje, 15/12/17, foi colhido interrogatório do Sr. Manoel Mariano de Sousa Filho (Júnior do Nenzim), interrogatório esse que durou cerca de 5h30m, com 10 (dez) laudas, onde Júnior confirmou todo o teor das declarações prestadas em Barra do Corda, no dia 07/12, sendo ainda lhe feito várias outras perguntas, das quais, em regra, o interrogado se valeu o direito ao silêncio.
“As perguntas foram no sentido de tentar esclarecer fatos contraditórios entre as alegações de Júnior, no primeiro depoimento e as provas colhidas durante as investigações (tanto testemunhais, como materiais); mas o interrogado se valeu do seu direito constitucional ao silêncio nas perguntas principais, referente a essas contradições e não quis esclarecer sua versão sobre a maior parte do que lhe foi perguntado.
“Algumas perícias já começaram a ficar prontas e os resultados delas tem ajudado a confirmar as linhas de investigações até o presente momento, razão pela qual, esperamos concluir o caso nos próximos dias, não havendo dúvidas, por parte da polícia, da autoria do crime por parte do investigado.”
Mais informações
O crime aconteceu na manhã do dia 6, quando pai e filho se dirigiam em uma camionete à casa do advogado Luís Augusto Bonfim Neto Segundo. No caminho, Nenzim foi atingido com um tiro na região da cabeça.
Três pessoas diretamente envolvidas no assassinato do ex-prefeito Nenzim, permanecem presas; além do filho Júnior, também foram presos Francisco David Correia de Freitas, por ocultação de provas, pois foi ele que levou a camionete usada no crime para o Lava Jato e ainda solicitou que fosse feita a lavagem completa, inclusive, com a retirada dos bancos. E também Luzivan Rodrigues da Conceição Nunes, o Luizão, este por sua vez, é o vaqueiro que comandava a Fazenda do povoado Narú e responsável pela venda dos gados desviados. A polícia não descarta outros envolvidos no caso.
Mariano Júnior, o Vaqueiro da Barra, é acusado da autoria do crime contra o pai
Do Carlinhos