Deputada do Texas propõe multa de US$ 100 a homens que se masturbarem

Notícia Geral

intenção é chamar atenção para pessoas tendo seus direitos determinados por legisladores do sexo oposto. Texas é um dos estados onde autoridades mais dificultam acesso ao aborto nos EUA.

A deputada democrata essica Farrar, do Texas (Foto: Reprodução/Facebook/State Representative Jessica Farrar)
A deputada democrata essica Farrar, do Texas (Foto: Reprodução/Facebook/State Representative Jessica Farrar)

Uma deputada do Texas propôs uma lei que multa homens em US$ 100 dólares a cada vez que eles se masturbarem. Além disso, eles também ficam sujeitos a uma espera de 24 horas se quiserem agendar uma colonoscopia ou vasectomia ou se quiserem comprar medicamentos como Viagra.

A democrata Jessica Farrar admitiu à CNN que não tem muitas esperanças de que sua proposta seja aprovada. Sua intenção, explicou, é chamar atenção para pessoas tendo seus direitos determinados majoritariamente por legisladores do sexo oposto. O Texas é um dos estados onde as autoridades mais dificultam o acesso ao aborto.

Na justificativa, a lei propõe multar os homens pela masturbação porque o comportamento representaria uma falha na preservação da santidade da vida e “um ato contra uma criança não nascida”.

“Vamos ver o que o Texas tem feito pelas mulheres. E se os homens tivessem que passar pelos mesmos procedimentos intrusivos?”, questionou.

A relação é diretamente citada no nome proposto para a lei, “A Man’s Right to Know Act” (“Lei O Direito de um Homem Saber”), uma versão do nome de um panfleto que médicos são obrigados a entregar a todas as mulheres que buscam informações sobre abortos no estado, “A Woman’s Right to Know”.

O folheto, de acordo com a CNN, é criticado por ativistas e médicos por seu teor religioso, que visa influenciar as mulheres a desistir do procedimento, e por erros como a sugestão da relação entre abortos e câncer de mama, já cientificamente comprovada como inexistente.

O Texas não permite abortos a partir da 20ª semana de gestação, a não ser que a vida da mãe esteja em risco. Mesmo em casos que a criança não tenha chances de sobreviver, a gravidez deve ser completada.

Nos últimos quatro anos, o estado implementou leis que ampliaram as exigências sobre as clínicas que podem realizar o procedimento – posteriormente derrubadas pela Suprema Corte – e atualmente apenas 18 em todo o estado têm autorização. No mesmo período, o número de mulheres que morreram de complicações relacionadas à gravidez dobrou e o estado tem atualmente a maior taxa de mortalidade materna do mundo desenvolvido, de acordo com a CNN.