Uma mulher de 24 anos, tomada pela ira cortou o órgão genital do companheiro na noite de segunda-feira, em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado de Espírito Santo.
Ela ficou revoltada após a filha de seis anos relatar que havia sido abusada sexualmente, na noite do último sábado, pelo padrasto de 26 anos. A família vivia junto há cerca de quatro anos, e a menina é filha do primeiro casamento da mãe.
A jovem tem mais uma menina de dois anos, fruto da segunda união. De acordo com informações da Polícia Civil, no sábado passado, a menina estava com a avó, que é deficiente visual, enquanto a mãe estava na casa de uma amiga. Foi quando o homem retirou a garota da presença da avó e a levou para o quarto, onde tentou manter relações sexuais com ela.
Ao sentir dor, a menina gritou, e o homem teria ameaçado bater na enteada caso ela contasse algo à mãe. Com medo, a criança decidiu revelar o ocorrido para a avó, no início da noite de segunda-feira. No momento em que a mãe da criança chegou do trabalho, ouviu parte da conversa. Foi quando soube do suposto abuso do companheiro. Ela ligou para a Polícia Militar, que a orientou a procurar o Conselho Tutelar. Uma reunião foi marcada para o meio-dia de ontem.
A mãe relatou à polícia que, quando o companheiro, que estava em um bar, voltou para casa por volta das 23 horas, ela não conseguiu esperar e, revoltada, pegou uma faca na cozinha e cortou o pênis do companheiro.
Após o crime, a mulher saiu de casa correndo, levando a filha de seis anos e a mãe. Em seguida ligou para a polícia.
O homem foi levado para Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro, onde passou por uma cirurgia de duas horas para reconstrução do órgão e permanece em recuperação.
Exames Segundo o delegado Guilherme Eugênio, a menina passará por exame de conjunção carnal e, caso seja comprovado que houve o abuso, o padrasto responderá processo por crime de violência sexual contra menor, mas em liberdade, pois não houve flagrante.
Já a mãe foi levada para a prisão feminina e vai responder por crime de lesão grave, podendo pegar de um a cinco anos de prisão.