Na primeira ofensiva militar do governo Trump, forças americanas lançam mais de 59 mísseis contra uma base aérea do regime sírio
Os Estados Unidos lançaram na noite desta quinta-feira uma ofensiva militar na Síria contra o regime de Bashar Assad. Na primeira ação militar do governo Donald Trump, as forças americanas bombardearam com 59 mísseis Tomahawk uma base aérea em Homs. A ofensiva foi lançada a partir de navios de guerra mobilizados no Mediterrâneo.
O bombardeio é uma resposta ao ataque com armas químicas lançado contra a população civil síria na última terça-feira. Segundo o governo americano, os aviões que participaram da ação que matou mais de 70 pessoas em Idlib partiram da base bombardeada nesta quinta. O presidente americano culpou o ditador sírio pela barbárie.
Esta é a primeira vez que os Estados Unidos atacam diretamente alvos ligados a Bashar Assad desde o início da Guerra na Síria, há seis anos. Em 2014, sob comando de Barack Obama, as forças americanas chegaram a bombardear o território sírio, mas em ações contra o grupo terrorista Estado Islâmico.
“Esta noite, eu ordenei uma ofensiva militar contra a base na Síria de onde o ataque químico foi lançado”, anunciou Trump em um breve pronunciamento. “Assad sufocou indefesos”, disse o presidente americano. Ele também convocou “todas as nações civilizadas” a buscar o fim do “massacre e do derramamento de sangue” que assola a Síria.
O Pentágono informou que a Rússia foi avisada antecipadamente sobre o bombardeio. Aliado de Assad, o governo russo conduz operações militares no território sírio para apoiar as tropas do ditador na luta contra rebeldes e terroristas.
Mudança de postura
O ataque militar na Síria representa uma significativa mudança de postura de Trump em relação a Assad. Durante a campanha eleitoral, o republicano afirmou que seria “tolo” insistir em tirar o ditador sírio, aliado da Rússia, do poder. Após o chocante ataque químico, porém, o próprio Trump admitiu que sua opinião havia mudado e que o uso de gases tóxicos contra civis “ultrapassou muitas linhas”
Fonte;VEJA.com