Homem é executado a tiros na fronteira entre Brasil e Paraguai

Notícia Geral

O carro onde estava o paraguai, repleto de marcas de tiros

Um homem foi executado a tiros, na manhã desta terça-feira, no município de Ponta Porã, Mato Grosso do Sul. O crime aconteceu próximo à fronteira com o Paraguai, a uma quadra da cidade de Pedro Juan Caballero. Segundo o jornal paraguaio “ABC Color”, a vítima foi identificada como Ezequiel Romero Espínola, de 28 anos.

Ainda de acordo com a imprensa local, o paraguaio estava em uma caminhonete quando foi surpreendido por quatro homens armados, que desceram de um outro veículo e abriram fogo. Um segundo passageiro, que estava com Ezequiel, sobreviveu ao ataque. Fotos que circulam pela internet mostram dezenas de marcas de tiro no automóvel.

O carro utilizado pelos quatro executores foi abandonado no local, com um fuzil em seu interior, e o bando fugiu a pé em direção a Pedro Juan Caballero. Em seguida, os bandidos roubaram outro veículo, que foi encontrado pela polícia, mais tarde, no bairro Vila Renê, em Ponta Porã.

O carro vermelho foi utilizado pelo bando que realizou o ataque
O carro vermelho foi utilizado pelo bando que realizou o ataque Foto: Reprodução

A princípio, circulou a informação de que a vítima seria filho de um importante narcotraficante que atuava na fronteira, atualmente preso. Posteriormente, porém, descobriu-se que a documentação com esse nome era falsa. Ezequiel estaria ligado a um duplo homicídio ocorrido em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, e também a um assalto a banco em Assunção, no Paraguai.

O ataque deixou ainda um motociclista brasileiro ferido. Mezadeque dos Santos Almeida, de 25 anos, foi levado para um hospital da região, como noticiou o “ABC Color”.

Uma arma foi encontrada no local
Uma arma foi encontrada no local Foto: Reprodução

Outra execução

Em junho do ano passado, outra execução na fronteira entre o Brasil e o Paraguai chamou a atenção da polícia. Jorge Rafaat Toumani, condenado por tráfico de drogas pela Justiça brasileira, foi morto com 16 tiros. Ele era acusado de ter herdado o posto de rei do tráfico na fronteira, que pertencia a Fernandinho Beira-Mar, preso desde 2002.

A morte de Rafaat é apontada como uma das causas para a cissão entre as duas maiores facções criminosas do Brasil, uma paulista e outra do Rio de Janeiro. O racha, sacramentado meses após o crime, também tem relações com a recente crise carcerária no país, que causou dezenas de mortes em penitenciárias durante rebeliões.

Fonte: Extra