Lideranças do PDT pedem desfiliação e declaram apoio à Carlos Brandão

Política

Lideranças do Partido Democrático Trabalhista (PDT), pedem desfiliação e declaram apoio para o vice-governador e pré-candidato ao Governo do Estado Carlos Brandão.

Presidente do movimento negro do PDT pede desfiliação

Cleiton Reis presidiu o movimento negro do PDT por mais de vinte anos. Tem saudades da liderança de Jackson Lago, que para ele, fazia jus a filosofia do partido. Agora, os tempos são outros. Na carta renúncia, ele fala da falta de respeito dos líderes do PDT com o movimento negro, da falta de reconhecimento do trabalho, e da luta dos militantes.

Cleiton Reis agora seguirá por um novo caminho. Um caminho onde as reivindicações do movimento negro serão realmente pautados com seriedade e compromisso.

“O PDT tem uma história, desde o tempo do João Francisco, do nosso líder maior, o Brizola, aquele que foi um ícone das nossas lutas no Maranhão, que é o Jackson Lago, o PDT não é somente um discurso, um discurso de uma militância, uma militância real que tem vontade, que tem princípios, e tem sonhos a ser realizados, e quando isso é afetado, a gente tem um sentimento coletivo, é esse sentimento coletivo não é só meu, é de toda uma militância que tem vontade de falar, o que infelizmente não podem hoje falar, o Brandão é uma esperança para as causas raciais, para os movimentos sociais, pra luta das crenças militantes que antes com Jackson e é que hoje pode acompanhar e acreditar num futuro melhor para os movimentos sociais”, disse Cleiton Reis.

Presidente do Movimento Diversidade do PDT pede desfiliação do partido

Jorge Beckman presidiu o Movimento Diversidade do PDT por oito anos. Também deixou o partido pela falta de comprometimento com a luta, e relata que sofreu tentativas de silenciamento dentro do partido.

“Eu não diria uma saída, é uma retirada, um rompimento, pela falta de valorização pela falta de respeito ao movimento, pela falta de respeito ao presidente de uma instância, eu fui procurado pelo comando do partido pra retirar a bandeira do movimento, a bandeira do arco-íris, dos municípios que estavam tendo a Caravana O Maranhão Mais Feliz, o PDT tem um movimento de diversidade e chega para o presidente de instância do PDT Diversidade Estadual e pede pra retirar bandeira, eu particularmente não fico em lugar que não me cabe, eu prefiro vir pra Brandão e aqui eu encontro um lugar gigantesco, pra fazer, Pra chamar pessoas, pra discutir, é interessante isso”, ressaltou Jorge Beckman.

Quem também disse adeus ao PDT foi Valber Lúcio, que presidia os movimentos culturais no partido

Por 15 anos Valber Lúcio trabalhou pela valorização da cultura no Maranhão e viu, nos últimos tempos, essas políticas sendo esvaziadas. Por isso pediu desfiliação do partido.

“Jackson quando assumiu esses debates criados dentro do partido, geraram discussões que levaram a criar políticas pública, como a lei de incentivo a Cultura, o fundo de frisbao do patrimônio histórico do município, o fundo de cultura da lei do incentivo, passado o esvaziamento de algumas lideranças, não houve mais sequer uma aproximação dos movimentos culturais pra dentro do partido, não há ambiente, ninguém fica dentro do partido quando você não é aproveitado, quando as pessoas que estão na liderança não estão lhe ouvindo, e hoje o Carlos Brandão nos oferece esse ambiente, a gente espera que daqui pra frente, a gente possa ter tudo aquilo que a gente sempre gerou de expectativa, participando de todas as formas, de todos os meios possíveis pra que a gente possa levar nossas ideias, nossa força e nosso grupo pra que desenvolva políticas reais”, expressou Válber Lúcio.

Paulo Henrique Soares, liderança do movimento comunitário do PDT acredita que o partido perdeu a sua essência. E para quem foi forjado na luta, quem quer o melhor para as comunidades, precisa tomar novos rumos.

Paulo Henrique Soares, que era presidente do Movimento Comunitário do PDT também pediu desfiliação.

“É preciso que a gente tome novos rumos, a gente fou forjado na luta, e aprendendo que tudo aquilo que nos foi ensinado desde o tempo do Dr. Jackson, a gente teve um modelo de gestão, de aprendizado, de como fazer administração com a participação popular, e ao longo do tempo a gente foi percebendo que esse modelo de gestão já não é a mesma, a gente já aposta muito nesse modelo de gestão do Brandão, então nossa opção de caminhamos juntos, é com quem quer ouvir, com quem quer participar, com quem quer caminhar junto não só dentro de uma campanha, mas dentro de uma administração, dentro de uma gestão, dentro de um governo polular”, concluiu Paulo Henrique Soares.

Cleiton, Beckman, Valber Lúcio, Flora e Paulo já se desfiliaram do partido e já sabem o que vão fazer, para onde vão.

Agora é Brandão! Brandão conhece o trabalho. É de confiança.