“Não me julguem”, pede Cabo Campos ao se defender de denúncia de agressão

Notícia Geral

O deputado estadual Cabo Campos (DEM), defendeu-se ontem (7), em discurso na Assembleia Legislativa, da denúncia de agressão formalizada por sua esposa, Maria José Campos.

No grande expediente, às vezes chorando, ele sustentou a mesma versão apresentada ontem (6) pela filha, Laila Campos, de que reagiu a agressões da companheira.

“Quando minha filha falou para minha esposa da sua orientação sexual, ela teve uma aceitação diferente da minha. Com isso começou um histórico de violência da minha esposa contra a minha filha. Estou colocando aqui, senhores, as minhas vísceras para que todos possam ver. Com isso também, por causa dessa situação, assim como minha filha também sofreu algumas agressões, eu também comecei a sofrer. Até que chegou a noite em que eu tive que contê-la. E aqui eu faço uma pequena pausa para uma pequena reflexão de todos os senhores. Eu sou homem de 1.82. As pessoas disseram que eu espanquei a minha esposa, que eu dei chutes e ponta pés na minha esposa. Eu pergunto uma coisa aos senhores: Se eu desse um soco na minha esposa, como é que ficaria o rosto dela? Se eu desse pontapés na minha esposa, como é que ficaria o corpo da minha esposa ?”, declarou.

O parlamentar deu a entender, ainda, que as imagens da vítima com um colar cervical  não têm relação com agressões, são recorrentes depois que ela caiu lavando um terraço.

E desculpou-se.

“Eu quero aqui me render a todos os senhores e senhoras, pedir desculpas, pedir perdão, pelos meus erros. Sou humano. ‘Um deputado é um super homem’. Não é”, declarou.

Ele reclamou, também, do julgamento que por que está passando na imprensa. E pediu que os seus colegas parlamentares também não o julguem.

“Amo minha família, amo minha esposa. Não há maldade no coração da minha esposa. Não há. E esse entendimento nós vamos ter posteriormente. E eu quero pedir para meus irmãos parlamentares: eu já fui julgado pela mídia, eu já fui julgado pelas pessoas que estão acima da decência e vou ver julgado pelos tribunais. Por favor, também não me julguem”

Processo

Apesar do pronunciamento do parlamentar, a procuradora da Assembleia, deputada Valéria Macedo (PDT), confirmou que dará andamento ao pedido de afastamento do colega.

A representação foi entregue hoje pela pedetista ao presidente da Casa, deputado Othelino Neto (PCdoB).

 

Do Gilberto Léda