Muitos brasileiros terão a oportunidade, quinta-feira (11), de assistir pela primeira vez a uma das mais polêmicas produções no campo do cinema – Amor Estranho Amor – , que se tornou mais famoso depois de sair de cartaz porque uma de suas atrizes – Xuxa Meneguel – decidiu censurá-lo porque nele ela faz cena de sexo com um menino de 12 anos. A proibição veio para não manchar a imagem de quem havia se notabilizado depois como apresentadora de programas infantis.
A exibição será no Canal Brasil, 00h30, como antecipa a coluna Na Telinha. No polêmico filme, Xuxa tinha 18 anos e interpreta uma prostituta, que faz cenas de sexo com um menino de 12. A criança é levada para o prostíbulo pela avó, que o entregou à mãe, que ali vivia.
Depois que se notabilizou como a Rainha dos Baixinhos, Xuxa conseguiu barrar na Justiça a exibição de Amor Estranho Amor, mas, há cerca de três ano, foi autorizada sua comercialização. Desde então, a artista decidiu falar abertamente sobre o assunto em entrevistas.
Ano passado, em entrevista à colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, ela disse o que sentia com tanto debate em torno dessa sua atuação no cinema:
“Eu sou criticada sobre o que eu fiz ou não fiz. E não importa o que eu venha a fazer de bom, vão lembrar das coisas ruins. Fico chateada quando falam do filme que fiz quando tinha 18 anos. Eu queria deixar claro: não transei com um menino e não fui vendida para um prostíbulo. Minha personagem foi vendida para um prostíbulo, coisa que acontece hoje em dia. Aquilo é ficção mas é a realidade de muita gente hoje em dia”
“O elenco do filme conta com nomes de peso na época, como Tarcísio Meira, Vera Fischer e Mauro Mendonça. No longa de Walter Hugo Khouri, a apresentadora interpreta uma adolescente vítima de exploração sexual. Ao longo da carreira, o filme foi usado como forma de atacar a loira. Sempre houve quem insinuasse que se tratava de uma produção pornográfica, o que não é verdade”, explica Na Telinha.
A exibição no Canal Brasil na próxima semana será a primeira na TV desde o lançamento, na década de 1980. Com a decisão judicial favorável à loira, havia grande dificuldade em encontrar a produção mesmo em sites piratas na internet.
Do Maranhão hoje