O déficit de médicos segue sendo um grande problema após a saída dos médicos cubanos do programa Mais Médicos. Todos os cubanos já foram embora e, no Maranhão, a deficiência de atendimento tem sido grave para quem mais precisa.
Na última sexta-feira (14/12), acabaria o prazo para que os 8.411 inscritos se apresentassem nos novos postos de trabalho. Entretanto, 2.520 (cerca de 30%) não compareceram. A situação levou o Ministério da Saúde a prorrogar para amanhã a data limite para início das atividades.
No Maranhão, foram abertas 469 vagas e destas, apenas 324 se apresentaram. Dos que se apresentaram, apenas 243 estão efetivamente trabalhando. A população mais pobre do Maranhão segue sofrendo com a falta de médicos.
Uma realidade distante do conhecimento do presidente do Impur de São Luís, Fábio Henrique Farias, que “comemorou” o que considerava um sucesso a substituição dos cubanos porque após 48 horas de abertura das inscrições, 85% dos médicos já teriam sido “substituídos”. Mas ocorre um abismo entre a inscrição no programa e a efetividade dos médicos trabalhando para atender a população mais carente em um povoado isolado distante de tudo.
Ao classificar a parceria com Cuba como “esquema para lavagem de dinheiro” e “fomentar ditadura cubana”, Fábio Henrique demonstrou não conhecer sequer a realidade de um Centro de Saúde da periferia de São Luís, quanto mais o que passa uma família em Belágua ou Fortuna sem um médicos a quilômetros de distância. Ele deveria pedir desculpas aos pacientes que estão sem atendimento. Ainda é tempo!