Saulo Pereira vai ser monitorado por tornozeleira eletrônica e deve cumprir outras exigências para continuar com o benefício determinado pela Justiça.
Segundo a polícia, Saulo confessou o crime e disse onde o corpo estava enterrado — Foto: Divulgação / Polícia Civil |
O desembargador José Lopes Santos determinou de forma liminar a soltura de Saulo Pereira Nunes, preso no dia 14 de outubro deste ano, por conta do homicídio do pastor evangélico e técnico em informática Mackson da Silva Costa, de 37 anos.
Entre os argumentos do desembargador para autorizar a saída de Saulo Pereira da penitenciária estão que ele não responde a outro crime, não há indícios de que ele pretenda fugir da Região Metropolitana de São Luís, e também que o assassino confesso colaborou com a Polícia Civil desde que foi apontado como autor do crime.
Entre os argumentos da defesa, estão que Saulo é primário quanto ao cometimento de crimes, portanto “não tem antecedentes criminais, que ele tem residência fixa, exerce atividade laboral, confessou o delito, colaborou com as investigações, tem família e filhos e não oferece risco à sociedade e nem à instrução processual”.
Desta forma, Saulo Pereira recebeu o benefício da liberdade mediante quatro condições, entre elas, a de ser monitorado por tornozeleira eletrônica:
*Comparecimento em Juízo, a cada 30 (trinta) dias, para informar e justificar suas atividades, comprovando o seu vínculo empregatício;
*Proibição de mudar de endereço e de se ausentar da Comarca sem autorização judicial;
*Recolhimento domiciliar no período noturno, a partir das 22 (vinte e duas) horas às 06 (seis) de segunda à sexta e nos dias de sábado, domingo e feriados durante todo o dia na sua residência;
*Monitoramento eletrônico.
Em caso de descumprimento de qualquer dos requisitos, Saulo perde o benefício da liberdade, como determinado pelo desembargador em sua decisão.
Crime por ciúmes
A Polícia Civil prendeu Saulo Pereira Nunes, de 38 anos, na tarde do dia 14 de outubro apontado nas investigações da Superintendência de Homicídio e Proteção à Pessoa (SHPP) como o assassino do pastor evangélico e técnico em informática Mackson da Silva Costa. O corpo foi localizado na casa de Saulo. A vítima estava desaparecida desde o dia 11 de outubro.
Segundo a polícia, Saulo Nunes confessou o crime. O corpo da vítima estava enterrado no quintal da casa de Saulo, no Maiobão, em Paço do Lumiar, Região Metropolitana de São Luís. A motivação do crime, segundo a polícia, seria por conta de um suposto relacionamento entre a esposa de Saulo e a Mackson Costa, uma vez que consta em documentos oficiais que policiais encontraram no computador que a vítima utilizava no trabalho um aplicativo de troca de mensagens aberto com diversas conversas entre a vítima e uma mulher, sendo que uma dessas conversas estava relacionada a um encontro. Durante a investigação, os policiais constataram que a mulher em questão era esposa de Saulo Pereira.
Fonte – G1 Maranhão