Elas trabalham todos os dias. Pela manhã, à tarde e de madrugada. Dependendo de convite e do convidado, elas estão sempre no batente, tanto faz em ambiente de luxo, de “quinta” ou até dentro do carro. Por causa da pandemia, elas correm sérios riscos de abrigar entre as pernas homens infectados, além do rendimento que caiu bastante desde março do ano passado. Algumas foram obrigadas a optar pela redução brusca na tabela.
Congresso Nacional tem aprovado prioridades para quem merece e ajeitado também quem ainda não deve merecer. São sugestões oferecidas nos últimos dias de fazer sorrir e até chorar. A última delas partiu de um deputado federal do Maranhão, um estreante que entrou no lugar do prefeito de São Luís, Eduardo Braide. O parlamentar quer o benefício da prioridade na vacina para pastores e padres.
Alega o deputado JP, de Imperatriz, que os pastores e padres lidam com multidões nos cultos e missas. Ué, não foi disciplinado o número de fiéis nos templos? Ao que se sabe até agora, para o pastores, Covid-19 não existe, embora muito deles tenham feito a viagem por causa da descrença.
Os últimos beneficiados, como homens que fazem parte do sistema de segurança pública e professores, merecem sim. Na área de segurança, dezenas de militares estão morrendo por dia no Brasil. Os professores estão indo para o mesmo caminho da morte.
As operárias também merecem. Afinal, é a profissão mais antiga do mundo e oferecem prazer pelo o que fazem, mesmo correndo todos os riscos.
Fonte: Luis Cardoso