O portal Página 2 teve acesso a documentos que desmentem a versão dada pelo delegado da Polícia Federal, Wedson Cajé Lopes, que comanda a operação “Pegadores”. Os documentos mostra que CCO Indústria de Sorvetes Ltda., criada em 2010, deixou de existir no ano de 2013. Veja o documento abaixo.
A saúde do Maranhão não teve sorveteria como prestadora de serviços hospitalares, pelo menos, a partir de janeiro de 2015. A razão é simples: desde 4 de outubro de 2013 a empresa CCO Indústria de Sorvetes Ltda., criada em 2010, deixou de existir.
Documentos do contrato social de constituição da empresa registrados na Junta Comercial do Maranhão (Jucema), aos quais o portal Página 2 teve acesso, desmentem a versão dada pelo delegado da Polícia Federal, Wedson Cajé Lopes, que comanda a operação “Pegadores”.
Segundo a investigação da PF, a empresa CCO Indústria de Sorvetes Ltda., teria prestado serviços à Secretaria de Estado da Saúde até fevereiro de 2015.
A cláusula 4ª do contrato social, registrada em outubro de 2013 na Jucema, altera a denominação social para Ágora Empreendimentos Educacionais Ltda. O objeto social, segundo a cláusula 5ª alterou-se para treinamento em desenvolvimento profissional e gerencia; educação profissional de nível técnico (consultoria).
A empresa voltou a alterar o contrato social em 2015, quando passou a ser denominada ORC Gestão e Serviços Médicos Hospitalares Ltda-ME. A cláusula 3ª do contrato define como objeto social para atividades de atendimento hospitalar exceto pronto socorro e unidades de atendimento de urgências.
Os documentos registrados na Jucema mostram que a Polícia Federal errou ao afirmar que uma sorveteria prestou serviços hospitalares para a Secretaria de Saúde do Maranhão.