Políticos do campo do ex-governador Flávio Dino, atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), até que tentaram .
Instigaram o prefeito reeleito de Peritoró, Dr. Júnior (PP), a ingressar na disputa pelo comando da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), biênio 2025/26, como forma de confrontar o prefeito eleito de Bacabal, Roberto Costa (MDB), que detém o apoio do Palácio dos Leões e os votos da maioria dos prefeitos e prefeitas.
O movimento isolado não buscava vitória, vale destacar.
Objetivava, tão somente, dividir, até onde fosse possível, e garantir o tensionamento entre os campos dinista e brandonista como forma de continuar atrapalhando tratativas em andamento para uma pacificação que visa alcançar a eleição de 2026, quando ocorrerá a sucessão do governador Carlos Brandão (PSB) e estarão em jogo duas vagas para o Senado.
Prevaleceu o diálogo e o entendimento de que, dividido, este grupo majoritário só tinha a perder, abrindo flancos importantes para outros interessados na disputa, como o prefeito Eduardo Braide (PSD), de São Luís.
Roberto Costa, na condição de candidato a presidente, registrará, nesta tarde, chapa que será aclamada na próxima quarta-feira, 15.
Terá como candidato a 1º vice-presidente o próprio Dr. Júnior.
Neste processo de pacificação da eleição da Famem, alguns atores merecem destaque:
O próprio Carlos Brandão, que atuou inteligentemente para manter a unidade do seu campo, via partidos aliados, e a governabilidade necessária para daqui a dois anos.
A presidente da Assembleia Legislativa, deputada Iracema Vale (PSB), que articulou com expertise nos bastidores em favor do Governo; de Roberto; e da união.
O vice-governador Felipe Camarão (PT) que, agindo na contramão dos interesses do deputado federal Márcio Jerry (PC do B) e do deputado estadual Othelino Neto (SDD), ambos dinistas, também construiu uma ponte concreta para que se chegasse a um consenso e a formalização de uma chapa única.
O prefeito eleito de São Mateus, Miltinho Aragão (PSB), habilidoso político que detém elevado conhecimento sobre o movimento municipalista.
Aragão, inclusive, abdicou de propostas para integrar o colegiado, optando por ficar nos bastidores atuando em favor de Costa.
Apesar de exercer o seu primeiro mandato como prefeito, o emedebista, que possui considerável experiência política no Parlamento, soube pavimentar o projeto e torna-lo um mecanismo de todos os gestores municipais.
A unidade em torno da eleição para Federação é uma vitória para governistas com reflexos para 2026.
E uma derrota para aqueles poucos que permanecessem pregando a desunião atentos apenas aos próprios interesses.