O senador Edson Lobão está mais uma vez na mira da Polícia Federal. Desta vez, o político pode ter se beneficiado com desvios na obra da usina hidrelétrica de Belo Monte, um dos maiores empreendimentos para geração de energia do mundo. É o que afirma um relatório da PF, segundo reportagem do portal G1.
De acordo com a PF, há indícios de que Lobão cometeu corrupção passiva e lavagem de dinheiro por parte dos parlamentares, investigados em um dos inquéritos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. Além de Lobão, o senador Jader Barbalho (MDB-PA) também foi apontado.
A defesa de Lobão informou ao G1 que tenta autorização de acesso ao relatório, e que desconhece o teor do documento, e que acompanha a investigação.
De acordo com a Polícia Federal, o objetivo do inquérito é apurar se houve pagamento de propina para políticos, embora a investigação também tenha apontado indícios de irregularidades no leilão de Belo Monte.
A suspeita é que as empresas responsáveis recebiam dinheiro público para executar a obra, e parte dos valores era desviada para pagamento de propina a políticos
O relatório da PF, concluído em maio, está atualmente nas mãos da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que poderá denunciar os parlamentares ao Supremo Tribunal Federal (STF) com base nas provas já coletadas. O relator do caso no STF é o ministro Luiz Edson Fachin.
Filho de Lobão
Delatores e depoimentos narraram repasses por meio de Márcio Lobão, que teria supostamente sido indicado pelo pai para operacionalizar os valores.
O filho de Lobão, conforme o relatório, se apresentou aos executivos das empreiteiras do consórcio da obra em uma série de reuniões individuais em março de 2012, na sede da construtora Andrade Gutierrez, no Rio.
Essas reuniões ficaram registradas no e-mail do ex-diretor da Andrade Gutierrez Flávio Barra e na portaria do prédio onde fica a empresa.
Com informações do G1.